segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A Exploração do Trabalho: O trabalhador é explorado porque trabalha bem mais do que é pago, em tese tudo flui normalmente e de justa forma, porém, na prática o explorador acaba por ter o serviço do trabalhador sem despesa nem custo, pois este realiza seu trabalho além daquilo que o salário paga. O trabalho acaba tendo duas vertentes: uma parte dele corresponde ao trabalho necessário, isto é, aquele em que há a correspondente remuneração; e a outra parte é exatamente o trabalho excedente, produtor de mais-valia, avindo de uma situação de exploração, que remete lucro somente ao capitalista. Porém, não há desmistificação deste modo explorador de trabalho, pois o trabalhador está envolvido nas relações de trabalho e recebendo o salário não há por que se rebelar, uma vez que precisa e sabe que a demanda por empregos é grande, isto é, o número de desempregados é assustador. Portanto, neste âmbito, somente o trabalho excedente é mais interessante para o capitalista, pois é esse que vai garantir seu lucro e tornar seus investimentos e suas folhas de pagamento encaradas de maneira tal que não representa gastos nem custos e sim, retorno bastante vantajoso, lucro na certa. O trabalhado está sempre submetido ao domínio do capital e, quando o capitalista não consegue ampliar sua jornada de trabalho, para obter mais produtos e mais lucros, acaba por exigir uma produção mais rápida, impondo ritmo e adquirindo maquinas que acelerem a produção. Desta feita, 'se correr o bicho pega e se ficar o bicho come'. Ou trabalha ou não participa do meio social como 'cidadão'; ou trabalha ou então será excluído; ou trabalha ou 'sorteia' sua vaga para dezenas que a esperam.

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